Wednesday, December 15, 2010

Programa de Indie


Foi simplesmente sensacional... uma noite memorável! Gostaríamos muito de agradecer a presença de todos que puderam ir... E lembrar que ano que vem tem mais um programa de Indie.






Anunciando os Vencedores da promoção:

Pedro Barros (Vip + 1 caipirinha)
Cauê Capillé (Vip + 1 caipirinha)
Gustavo Levy (Vip +1 caipirinha)
Viviane Mayer (Vip + 1 caipirinha)

Até o próximo!


Monday, August 9, 2010

De composições - PARTE II

Depois de meses, graças a insistência dos meus companheiros de banda, volto aqui nesse espaço para concluir a minha saga sobre a trajetória de um compositor. Mas... Onde é que eu tinha parado mesmo? Ah, quando você consegue formar uma banda, a despeito de todas as intempéries que desde cedo o mundo cão colocou no seu iluminado caminho de artista.
Pois é, você e a sua galera tem uma banda. Um de vocês conseguiu o pequeno milagre que foi convencer o pai a comprar uma guitarra e um amplificador, e outro de vocês conseguiu o GRANDE milagre que foi convencer o síndico do prédio que ter uma bateria no quarto ia pelo menos afugentar os ratos do encanamento. E agora, devemos supor que você vai seguir facilmente o trajeto sarau da escola- maracanazinho-carniege hall sem mais problemas? Hahaha, não me faça rir. Seus problemas estão apenas começando.
Fora todas as dificuldades inerentes a uma banda iniciante formada por adolescentes (preciso citar aqui a má vontade dos donos de estúdio, a má vontade dos pais e mães, a má vontade dos vizinhos, a má votnade dos amigos em ouvir suas coisas, a má vontade de Deus a respeito da sua existência, etc?) você ainda tem que arcar com o problema sério de ser o COMPOSITOR da banda. Sim, por que mesmo que vocÊs façam um ou outro cover, sei lá, do kings of leon, o que vocÊ quer mesmo é expressar a sua sensibilidade-criativa-pluri-semiótica, ou em outras palavras a sua dor de corno em relação àquela menina da primeira parte do texto. Então você, assim que toca a sua música pra galera, achando em questão de instantes vocês a estarão executando com a harmonia de anjos do senhor, é bombardeado pelas curiosíssimas perguntas:

-pô, como é que vai ser a linha de baixo?
-ih, esse acorde aí eu não sei fazer não...
-Não dá pra encaixar esse solo maneirão que eu fiz?
-Que que a bateria faz agora?
-Por que que ao invés dessa a gente não toca aquela outra do Kings of Leon?

Tudo bem, tudo bem, engula esse sapo, jovem compositor, por que isso acontece mesmo. Só não engula aquela primeira pergunta, feita pelo baixista, por que nunca se deve dar muita confiança a essa gentinha. Ao baixista vocÊ responde assim:

-Toca qualquer merda, ninguém vai ouvir mesmo.

Se depois de alguns meses esses problemas continuarem não se resolvendo, não desanime. Isso só quer dizer que vocês vão ter que ser muito bonitos pra banda dar certo. Agora, caso você e sua banda tenham conseguido superar essa primeira fase dificil, é hora de se animar! Isso significa que agora vocÊs vão fazer um show! Pode ser no play do prédio, no sarau da escola ou no quintal-da-casa-do-baterista-situada-numa-cidade-satélite-à-sua-escolha, como foi o caso do Pangaré Valente. Finalmente o mundo conhecerá as suas composições, principalmente se vocÊ entender "mundo" como os vinte gatos pingados que forem nesse show.
Vocês se acertaram. Definiram as harmonias, controlaram o impulso de solar o tempo inteiro do guitarrista, ajeitaram o tempo das músicas... Na solidão do seu lar, você deu vazão ao seu lirismo e compôs letras que invejariam um chico buarque. Bom... talvez não tanto, mas pelo menos letras que invejariam, sei lá, o Frejat, o que já é um começo. Chegou o grande dia!
É claro que essa é a hora em que você descobre, como qualquer um que um dia já tenha feito ou assistido um desses "shows de bandinha", que não adianda PORRA NENHUMA ensaiar direito pra esses shows, por que invariavelmente a mesa de som e a acústica do lugar vão estar disputando pra ver qual consegue se mais abaixo da crítica, o som vai ser um bololõ só e ninguem vai conseguir ouvir nada direito. Muito menos aquela mesóclise genial que vocÊ botou na segunda estrofe da sua música de harmonia hiper-elaborada. Com sorte as pessoas vão entender quando vocÊs começarem a tocar Kings Of Leon e você então vai cair nas grças de alguma menininha da platéia e sair do palco bem acompanhado. Com azar isso não vai acontecer, mas daí é bom também, por que bons companheiros de banda + show ruim é a receita perfeita para um delicioso porre.

Aqui encerro o meu relato. Mas como assim, então nada mais acontece na vida de um compositor? Não, mané, não é isso. Mas é que agora vocÊ tem dois caminhos. Ou você persevera, é gravado por uma voz modernosa e feminina da mpb e daí é elevado ao status de "agitador cultural", ou você vai ficar repetindo a história que eu contei aqui ad infinitum. Nenhuma das duas hipóteses me parece render muitas piadas, e afinal esse texto é só um pretexto para elas. Mas ok, se um dia eu for gravado por uma jovem cantora revelação da emepebê, eu juro que eu volto aqui e escrevo um outro texto contando.

obrigado pela atenção, e ouçam nosso som!

Monday, August 2, 2010

Biolorgia







Foi a preparação de 6 meses. Quase jogada fora por problemas técnicos da toupeira que opera o som do cine iris mas ainda assim foi sensacional. O pessoal cantando junto, o pessoal que não conhecia sacudindo a cabeça...

Muito obrigado pelo apoio de todos!!


Thursday, July 1, 2010

surtos pianísticos




Mais uma vez mostrando que o meu complexo édepiano, temos uma session caseira. Desta vez com direito a cachorros, pais, fogos de artificio, empregada fazendo faxina, e todo tipo de sonoplastia extra possivel para enriquecer nosso trabalho.
Detalhe pra menina loirinha misteriosa que aparece nas gravações mais chatas, ela fez, faz ou fará teste pra groupie.


Monday, May 17, 2010

De composições - PARTE I

Salve!

Muito atrasado em relação a maior parte da banda, decidi tornar pública a minha vivência desse curioso processo de gravação de músicas. Já que não sei falar de gravação (isso quem já mostrou que sabe é o meu xará) eu vou falar das músicas. Mais especificamente, da composição delas.Não adianta nada você ter o melhor microfone C3-PO e uma mesa de som R2-D2 se não tem nada de interessante pra gravar nesses robozinhos. É aí que é o papel do compositor. Um papel com músicas escritas nele.
Muito humildemente, vou contar aqui, numa história talvez um pouco longa, como nasce um compositor genérico, como um cara normal excreta de sua alma uma coisa que vira música, as pessoas tocam e ocasionalmente cai na boca do povo. Tentei generalizar a história, mas como me baseei um pouco na minha experiência pessoal posso estar descrevendo um processo que não corresponde ao dos meus amigos Pablo e Rafa, os outros compositores do Pangaré Valente. Um estímulo pra eles contarem também suas historinhas singelas. Aí vai:

Quando você tem doze ou treze anos e descobre que não serve nem pra beque porradeiro no futebol e o seu padrão de beleza não casa com o da boy band do momento, você começa a ter vontade de tocar violão. Por que alguém te diz que violão ajuda a pegar mulher, dá uma pose de artista, sei lá. Daí você aprende uns acordes, toca aquele nheco-nheco e... E você reconsidera tentar ser um beque porradeiro, por que não deu certo, você não pegou ninguem com aquela "come as you are" maneiríssima que você aprendeu.
Daí você fica triste. Você quer tomar um porre, mas aquela cerveja que servem nas festinhas é não-alcoolizada. Você volta pra casa e lá está o filha-da-puta daquele violão traíra encostado. Você pensa em jogar ele pela janela. Se se concentrar bem, consegue pensar que está jogando a sacana que te deu um toco pela janela. Mas daí, pensando justamente na sacana, você pega o violão, inverte a ordem dos acordes que você sabe, imita aquela batida bacana e.. E meio que plagiando alguém, meio que naturalmente você vai falando sobre a escrota que não quis nada com você, chamando ela de babaca mas pedindo pra ela voltar. Não tem ninguem ouvindo, vocÊ cria coragem. Canta que ela é um amor, e uma flor, mas que mata você de dor. Você pensa que isso é coisa de veado, mas agora já não tem mais controle. Sai tocando. Experimenta uns outros acordes. Sem deixar ninguem ver, escreve a letra no notepad do computador. Daí vem outra música. E outra. E mais outra.
Agora fodeu. Treze anos na cara e você é compositor. Só aquela emo meio sapata da turma ao lado é compositora, que merda, será que você é que nem ela? Mas você persevera (até por que não tem outra opção), burila as músicas, aos poucos vai cuidadosamente armando o seu plano. Três meses (ou semanas, ou dias, ou horas) depois você vai lá, todo se querendo no recreio e chega como quem não quer nada na rodinha da galera trazendo o seu violão debaixo do braço. Depois de dedilhar uns cinco minutos fingindo estar despreocupado esperando alguem pedir pra você tocar, você se cansa e manda: "po, compus uma parada".
Compus. O verbo conjugado assim tem um som engraçado, não parece uma palavra normal de sair da sua boca. Parece, sei lá, que é alguma parada cheia de pus. Quando alguem, só com metade da animação, pede pra você tocar, vocÊ já está desanimado, desconcentrado, querendo morrer, mas segue em frente.
Você toca. Senta a mão no nylon. Solta a voz. Arrebenta a boca do balão. Perde a linha. Isola o carretel. Manda o acorde final.

Pausa. Silêncio.

-Caralho maluco, tu canta muito mal!

E então, essa é a hora que você descobre que não adianta nada ser o novo Chico Buarque das composições se você é também o novo Chico Buarque das cordas vocais. A sua voz é de taquara rachada pra baixo. As vidraças da capela da escola estão no chão, até os pombos sairam voando. Mó mico. Você pensa que está tudo perdido, maaaas...
Você lembra que aquele garoto que tem o rostinho da boy band da moda E é centrovante no time oficial da escola por um acaso canta como um rouxinol castrati. E não sabe nem compor nem tocar. A aula de biologia sobre mutualismo de repente ecoa na sua mente. É nesse momento, jovem padawan, que começa a germinar em você o desejo de ter uma banda.

CONTINUA NO PRÓXIMO EPISÓDIO.

Saturday, May 1, 2010

Batera na Gavina




O senhor BrenoM iniciou os trabalhos de gravar bateria. O que eventualmente pode trasformar tudo que já foi gravado até agora em guias, levando abaixo horas de trabalho. Por sorte nem tudo foi perdido. Claro, alguns baixos vão ser regravados pra baterem junto do tamborzão, idem violões. Mas, pelo menos, as guitarras que foram já foram. A minha previsão é de mais dois meses gravando e um mês (com sorte) no mix e master. Rezemos aos deuses da fonução pronográfica.


Tuesday, April 27, 2010

Demos enrustidos

Bem, já que o Breno resolver quebrar o "silêncio" dos demais integrantes da banda, venho por meio dessas mal-traçadas linhas, expressar a minha vontade tamanha de ver nossos pequenos demos mudarem seus status.

A cada ensaio nossas mentes pederastas criam cada vez mais e a ala dos compositores já não vê a hora de começarmos as músicas mais novas ainda posto que estas ainda nem perderam o frescor de sua jovialidade.

E os demos enrustidos não são, também, nenhuma referência satânica à demônios com orientação sexual duvidosa. É só uma referência à situação das músicas ainda estarem no confortável armário da progenitora do nosso querido amigo e baterista.

Mas, enquanto os demos não resolvem se saem ou ficam, ainda existe o myspace para saciar a curiosidade, e aproveito para me comprometer a cantar as letras certas nessas novas gravações.

ósculos e amplexos

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